Dia Mundial da Saúde é um convite ao cuidado e à consciência

Hoje comemoramos o Dia Mundial da Saúde — uma data importante e necessária. Afinal, sem saúde, não vivemos, apenas sobrevivemos. Para marcar este dia, deixo uma provocação: como estamos cuidando da nossa própria saúde?
Será que estamos nos “boicotando” com hábitos que adoecem o corpo e a mente?
Estamos fazendo nossos exames preventivos? Bebendo água suficiente?
Mantendo nossos ambientes limpos, eliminando focos da dengue no pátio, quintal ou na rua onde moramos?

Antes mesmo de falarmos sobre saúde como política pública ou responsabilidade do Estado, precisamos reconhecer: somos os primeiros responsáveis por nossa saúde.
Ela começa no prato, na rotina, no descanso, nos exames. Para nós, mulheres, o cuidado com a saúde preventiva é fundamental. O câncer de mama e o câncer de colo do útero, por exemplo, podem ser evitados com o simples hábito de consultar um ginecologista regularmente. Pequenos gestos salvam vidas.

A dengue, por outro lado, nos lembra que saúde também mora fora do corpo. Um pátio limpo é um pátio longe do mosquito. Um bairro vigilante é um bairro mais saudável.

Posto isso, aproveito este dia para falar também de saúde como direito coletivo e como responsabilidade do poder público.
Sabemos que a Constituição prevê que o SUS deve ser garantido por meio de uma gestão tripartite, ou seja, União, Estados e Municípios devem atuar juntos para garantir o pleno funcionamento do sistema. Mas, como sabemos, não é assim “que a banda toca”. Há desacordos políticos, má administração e, muitas vezes, descaso com a população.

Recentemente, acompanhamos a troca de gestão no Ministério da Saúde. A ministra Nísia Trindade encerrou seu ciclo, e o médico Alexandre Padilha, que já tem experiência em gestão pública, assumiu o cargo. Algumas ações macro começam a aparecer, mas o desafio é imenso. O Brasil é diverso, carente e desigual — o trabalho será longo.

Estive, há pouco, no Rio de Janeiro, com a equipe diretiva do Grupo Hospitalar Conceição. Essa foi uma demanda do Presidente Lula, com a missão de recuperar um hospital importante para o país: o Hospital Federal de Bonsucesso. A gestão foi assumida pelo Grupo Hospitalar Conceição, do Rio Grande do Sul, com o desafio de reabrir a emergência, garantir insumos, regularizar processos e resgatar a dignidade daquele espaço, até então sucateado. Passados alguns meses, já é possível perceber resultados concretos. Bonsucesso está, aos poucos, voltando a pulsar.

Enquanto isso, voltamos os olhos ao Sul do país, onde os casos de dengue aumentam diariamente. Um alerta que não pode ser ignorado. Tenda para atendimento de pacientes com dengue. Recentemente o GHC abriu uma tenda na US Coinma para auxiliar na demanda de atendimentos a pacientes com dengue.

Falar em saúde é falar de muita coisa: estrutura, prevenção, investimento, educação, meio ambiente, políticas públicas e, claro, bem-estar emocional.
É por isso que a nova Lei nº 14.831/2024, que trata da Política Nacional de Saúde Mental nas Empresas, é tão relevante. Ela obriga empregadores a promoverem ações que garantam a saúde mental dos trabalhadores. Um avanço necessário.

É inegável que os desafios do SUS são muitos. Mas também é verdade que reclamar e criticar, sem se envolver, não muda nada. A saúde precisa de nós. E não apenas como pacientes, mas como cidadãos ativos.

Você sabia que existem as Conferências de Saúde? Elas começam nos bairros, seguem para os municípios e vão até a esfera federal. É por meio delas que podemos participar, opinar e transformar.
É ali que a população tem voz ativa sobre a política pública de saúde.

E por fim, vacinas em dia!
Não se trata apenas de autocuidado, mas de compromisso coletivo. Cuidar de si é também cuidar do outro.

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